Como pensar ou repensar a educação em tempos de pandemia? Telas de computador tornaram-se salas de aula e escolas foram fechadas. Houve um choque para os pais, alunos e funcionários da educação. Professores tiveram que quebrar paradigmas e buscar novas qualificações. As escolas tiveram que se reinventar e investiram em tecnologia.
Uma coisa podemos afirmar: a educação não será a mesma pós-pandemia. Tiramos vários aprendizados que não devem ser descartados, como o fato de que o futuro está intimamente ligado a inovação e tecnologia. A adaptação por conta do isolamento social nos fez entender que novas formas de educação e de trabalho são possíveis – e elas podem ser bastante produtivas.
É claro que existe uma grande discrepância entre as instituições, pois algumas possuem recursos humanos e tecnológicos para oferecer ensino remoto de qualidade, com novos processos, estruturas, metodologias. Mas, existem outras não possuem tais recursos.
Falando sobre a educação superior, ela passará por uma adaptação para o modelo híbrido de ensino, de forma que reúna a praticidade e efetividade de algumas aulas remotas para disciplinas comuns e de caráter essencialmente teórico. Dessa forma, o aluno irá para a Universidade realizar apenas disciplinas práticas e para interagir socialmente no desenvolvimento de projetos que possam complementar sua formação.
O desenvolvimento de habilidades como a criatividade, persuasão, colaboração, adaptabilidade e inteligência emocional – que são chamadas de soft skills – serão cada vez mais valorizadas no mercado de trabalho, e caberá a cada pessoa estudar e entender essas habilidades que qualificam para o mercado de trabalho nos próximos anos.
Tratando-se de mercados em crescimento, é importante destacar as áreas da Tecnologia da Informação, cursos ligados às áreas da saúde com o corpo e mente e as áreas ligadas à veterinária e agricultura. A demanda destes cursos está e continuará em alta, pois são profissões que a automação pode ser apenas parcial, porque dependem da intervenção humana.
Espero que a educação volte melhor e mais forte e que todos esses avanços tecnológicos incorporados ao processo educativo sejam irreversíveis.
Carpe Diem!
Prof. Marco Antônio Socreppa
Vice Reitor – Unitri