O psiquiatra Kenneth M. Adams criou o termo “síndrome do ninho vazio” nos anos 1970, para descrever a tristeza e melancolia que alguns pais sentem quando os filhos saem de casa para viverem de forma independente. A expressão refere-se ao sentimento de vazio experimentado após a partida dos filhos, comparando à sensação de um ninho de pássaros vazio quando os filhotes voam para longe.
A síndrome do ninho vazio é mais comum em pais que tinham suas vidas centradas na criação e cuidado dos filhos. Quando os filhos saem para iniciar suas vidas adultas, os pais sentem falta de propósito e perdem a identidade e conexão familiar. Essa mudança drástica na dinâmica familiar pode levar os pais a se sentirem solitários, perdidos, sem propósito ou até mesmo deprimidos.
Não é considerada um transtorno, é sim, uma reação emocional natural. A síndrome do ninho vazio inclui tristeza, solidão, nostalgia, sensação de perda, diminuição da autoestima, ansiedade.
É importante ressaltar que a síndrome do ninho vazio não afeta todos igualmente. Cada indivíduo lida de forma diferente com a situação.
A síndrome do ninho vazio afeta mais as mães. Para lidar com a síndrome do ninho vazio, é importante que os pais encontrem maneiras saudáveis para lidar com seus sentimentos, como buscar apoio de amigos e familiares, participar de grupos de apoio, estabelecer um novo equilíbrio na vida cotidiana, reavaliar metas e objetivos pessoais, e buscar atividades gratificantes que lhes proporcionem satisfação pessoal.
Créditos: Alfredo Demétrio – Psiquiatra e psicoterapeuta
CRM 25646 MG – RQE 19146 – RQE 19385