Evento de premiação também teve leilão solidário, que arrecadou mais de R$ 240 mil, e saca de café vendida por R$ 68 mil
Na noite do dia 30, Uberlândia foi palco do 11º Prêmio Região do Cerrado Mineiro (RCM), marcado por recordes na cafeicultura. Promovido anualmente pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado com o apoio do Sebrae Minas, o evento reuniu cerca de 500 pessoas, entre representantes da cadeia produtiva do grão, políticos, autoridades e convidados.
O prêmio celebra os melhores cafés dos 55 municípios da Região, valorizando a produção de alta qualidade com Denominação de Origem (D.O) e promovendo a responsabilidade e rastreabilidade na produção. A iniciativa tem a realização das cooperativas Carmocer, Carpec, Coocacer Araguari, Coopadap, Expocacer e MonteCCer, integrando ainda as sete associações: ACA, Acarpa, Amoca, Appcer, Assocafé, Assogotardo e GRE Café – Região de Araxá como apoiadoras.
A edição deste ano bateu recorde de amostras inscritas, totalizando 500. Do total, 60 finalistas nas categorias Café Natural, Cereja Descascado e Fermentação Induzida foram escolhidos por uma comissão internacional de 12 árbitros. Na Etapa Campeões das Cooperativas, 18 finalistas foram selecionados para a Etapa Regional.
Melhores cafés safra 2023
A premiação, transmitida ao vivo pela internet, revelou a acirrada disputa entre os melhores cafés de 2023, exigindo uma pontuação mínima de 80 pontos para ser considerado especial. Os grãos premiados foram batizados pela barista Maryana Novais.
Leilão Café Solidário
Nesta edição, o Leilão Café Solidário permitiu que os cafés mais bem avaliados nas três categorias do prêmio fossem adquiridos de forma presencial. Conduzido por Mauro Lúcio dos Santos, da Investbras Agente Autônomo de Investimentos, com 11 lotes disponíveis dos 60 ranqueados, foram arrecadados R$ 243 mil. Um recorde histórico foi estabelecido com a saca de café mais valorizada, vendida por R$ 68 mil, pertencente ao produtor José Ricardo de Carvalho, primeiro colocado na categoria Natural. A.saca foi adquirida pelo consórcio formado pelo Café Cajubá, Nutrade, Expocacer, Cafebras e Volcafe.
Do valor arrecadado, 70% serão doados ao Hospital do Amor de Patrocínio, e aos projetos vencedores do Troféu Escola de Atitude, enquanto uma parte será destinada aos produtores responsáveis pelos cafés.
Troféus
Como já é tradição, o Prêmio também reconhece ações de envolvimento com o meio ambiente, a comunidade e também as mulheres, cada vez mais atuantes no segmento do café. O Troféu Mulher de Atitude, que incentiva ainda mais a participação feminina no setor, premiou três melhores produtoras: Mariana Lima Veloso (Cereja Descascado), Evanete Peres Domingues (Fermentação Induzida) e Elen Lorencini Moraes (Natural).
Já o Troféu Atitude Sustentável, que reconhece as boas práticas agrícolas entre as propriedades finalistas, foi conquistado pela Auma Agronegócios, do produtor Claudio Nasser, de Patos de Minas, com o Armone. O troféu Escola de Atitude ficou com a Escola Municipal Doutor Júlio do Couto Gontijo, de Carmo do Paranaíba, com o projeto 3D´S – Três Dimensões: +Família +Conexão +Informação, inscrito pela cooperativa Carmocer. O objetivo geral do projeto é explorar três grandes e relevantes dimensões, a favor da maior missão da escola: o processo ensino-aprendizagem, tornando a escola um local onde a família se sinta acolhida e os alunos se comportem como agentes transformadores da sociedade.