Pela 13ª vez consecutiva, a Escola de Samba Tabajara, venceu o Carnaval de Rua de Uberlândia, com 238.1 pontos, neste ano realizado pela primeira vez na nova Passarela do Samba, montada na Avenida Balaiadas no Bairro Marta Helena pela secretaria de Cultura e Turismo, que tem à frente a séria e competente Mônica Debs.
O bloco da Associação dos Paraplégicos de Uberlândia (Aparu) também levou a melhor na edição deste ano.
A apuração ocorreu na tarde desta segunda-feira (20), na Avenida Balaiadas, local onde ocorreu o desfile, neste domingo (19). As escolas Unidos do Chatão e Garras de Águia ficaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente.
Nesta terça (22), às 20h, está marcado o desfile das campeãs de 2023, também na Avenida Balaiadas, no Bairro Marta Helena.
Desclassificação
A Garotos do Samba foi desclassificada, após um integrante da escola agredir um técnico de som do evento. Segundo a Polícia Militar (PM), ele foi preso e na delegacia assinou o Termo Circunstanciado de ocorrência (TCO) e foi liberado.
Pontuação
- Tabajara – 238.1 pontos
- Unidos do Chatão – 236 pontos
- Garras de Águia – 232.9 pontos
- Acadêmicos do Samba – 231.7 pontos
- Garotos do Samba – desclassificada
A História
Criada em 1954 pelos mestres Pato e Lotinho a partir de um bloco carnavalesco com sede no extinto bar “Caba Roupa”, reduto dos negros de numa cidade que era extremamente segregadora e racista. O nome foi inspirado na Orquestra Tabajara de Severino Araújo, e em homenagem aos índios Tabajaras, que inspiraram a primeira fantasia de seus componentes foliões.
Em 1956, Moacyr Lopes de Carvalho, diretor da Rádio Educadora de Uberlândia promoveu o primeiro concurso de escolas de samba da cidade, sendo a Tabajara sua primeira campeã. Também foi campeã do primeiro concurso oficial do carnaval de Uberlândia em 1957. Daí em diante a história da escola foi de grandes oscilações entre vitórias e derrotas, chegando a Tabajara a ficar 18 anos sem nenhum título.
A escola de samba tem vários redutos no Bairro Patrimônio como os “clãs” da Dona Fiinha (Tia Didia, Leka, Dida e demais familiares) e sua linda ala das baianas nota 10, sempre; o “clã” da Dona Meire (a decana Dona Filinha, a saudadosa Adriana e demais familiares)e sua elegante ala; do Mestre Bolinho (com sua humildade e simpatia); do Mestre Nei (e todos os membros da bateria nota 10); do Mestre Lotinho (co-fundador da escola); a Toca do Bugre e do Samba do Almir (e a garra na avenida de sua esposa Rosana – a baiana rica); o Bar do Bicão (e da saudosa Teresa), dentre tantos outros nomes importantes que compõem a Velha Guarda e a Diretoria da Escola.