Uberlândia está entre as 30 cidades mais empreendedoras do país

Segundo o novo índice de Cidades Empreendedoras, município é o 2º de Minas e o 13º do interior do país

O novo Índice de Cidades Empreendedoras (ICE), lançado na última semana pela rede global de empreendedores Endeavor Brasil em parceria com a Escola Nacional de Administração Pública (Enap, vinculada ao Ministério da Economia), coloca Uberlândia na 30ª posição entre as 100 mais populosas do país e em 13º lugar entre os municípios do interior brasileiro. Em Minas Gerais, a cidade está atrás apenas da capital, Belo Horizonte. O levantamento, referente ao ano de 2020, busca ser um raio-x do ambiente de negócios do país, gerando dados que podem nortear o avanço do setor. (Confira aqui)

            “Temos investido cada vez mais em melhorias de infraestrutura e na ampliação de políticas públicas que estimulem a inovação em nossa cidade. Já estamos entre as mais competitivas do Brasil justamente por essas características e, com mais esse reconhecimento, especialmente após um ano tão desafiador quanto foi 2020, temos a confirmação de que estamos no caminho certo”, destacou o prefeito Odelmo Leão, fazendo referência ao Ranking de Competitividade dos Municípios que, no final do ano passado, classificou Uberlândia na 33ª posição nacional devido ao seu perfil empreendedor.

 

Mão de obra e políticas de estímulo
Diferentemente do que ocorria até a edição anterior, de 2017, quando o ICE considerava 32 cidades, agora o estudo Edeavor/Enap avalia 100 municípios. Devido a mudanças na metodologia do trabalho, não é possível fazer um comparativo de desempenho, mas as informações são suficientes para se ter um olhar amplo sobre cada localidade. O indicador deste ano foi construído com base em sete pilares, que englobam qualificação da mão de obra, infraestrutura, mercado, aspectos inovadores, facilidade de acesso a crédito, tributação, legislação e práticas empreendedoras.
            Para além do estabelecimento de empresas vindas de outras partes do país e do mundo, a Prefeitura de Uberlândia trabalha com uma política de fortalecimento do mercado local, seja por meio do desenvolvimento de legislação específica, seja por ações mais diretas. O ICE 2020 refletiu esse cenário, especialmente, na classificação obtida pelo município em dois pilares: “Capital humano” e “Ambiente regulatório”.
O pilar “Capital humano” avalia a disponibilidade de mão de obra básica e qualificada, analisando o acesso aos ensinos fundamental, médio e técnico, proporção de adultos com ensino médio completo, desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), número de concluintes do ensino superior, concluintes em cursos considerados de alta qualidade e custo para as empresas contratarem profissionais em nível de direção.
No estudo de todos esses quesitos, Uberlândia (que conta com mais de 70 mil alunos frequentando alguma das 27 instituições de ensino superior e mais de 150 mil estudantes matriculados da educação básica ao ensino médio nas redes privada particular) está na 17ª posição no ranking nacional.
Já no pilar “Ambiente regulatório”, a cidade é a 24ª colocada. Nesse aspecto, o índice considera a tributação vigente, o tempo para se abrir uma empresa, qualidade de gestão fiscal, carga tributária municipal, atualização das normas de zoneamentos e a existência de um sistema de emissão online de Certidão Negativa de Débitos (CND).
Desde 2017, a atual gestão se empenhou no aprimoramento da legislação voltada ao empreendedorismo, como as leis que instituíram o Programa Municipal de Fomento ao Setor Cervejeiro e a redução do Imposto sobre Serviços (ISS) para empresas de base tecnológica ou mesmo a que atualizou o programa “Inova Uberlândia”, também em apoio a empresas de base tecnológica. O aprimoramento da oferta de serviços públicos digitalmente, como o sistema Integrador Municipal e os programas “Alvará num Clique” e “Alvará Sanitário Online”, passou a permitir a abertura de empresas em um prazo menor de tempo e com menos burocracia.
A Prefeitura ainda investe em iniciativas como a construção do primeiro loteamento empresarial público (o Polo Tecnológico Sul), a oferta gratuita de consultoria pelo projeto Agente Local de Inovação (ALI) e a plataforma on-line “Mais Negócio” (com cursos, capacitações e vitrine gratuita para produtos e serviços locais).

 

Daniela Alves | Secom

Foto: Cleiton Borges

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