Elon Musk renuncia ao cargo no governo Trump após críticas a projeto de lei e tensões internas

Elon Musk participa de uma reunião de gabinete na Casa Branca em 24 de março de 2025.

AFP via Getty Images

 

O bilionário Elon Musk anunciou sua saída do cargo de funcionário especial do governo no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), criado durante o segundo mandato de Donald Trump. A decisão ocorre após críticas públicas de Musk ao projeto de lei apelidado de “Big Beautiful Bill” e divergências internas sobre políticas de gastos e acordos internacionais.

Críticas ao “Big Beautiful Bill”

Musk expressou decepção com o projeto de lei aprovado recentemente pela Câmara dos Deputados, que combina cortes de impostos e aumento nos gastos militares. Ele afirmou que a proposta “aumenta o déficit orçamentário em vez de reduzi-lo”, contrariando os objetivos do DOGE de cortar gastos e eliminar desperdícios. Em entrevista à CBS News, Musk comentou que um projeto pode ser “grande” ou “bonito”, mas duvidava que pudesse ser ambos.

Tentativa de interferência em acordo internacional

Paralelamente, Musk tentou intervir em um acordo entre a OpenAI e a empresa G42 dos Emirados Árabes Unidos para a construção de um grande centro de dados de inteligência artificial em Abu Dhabi. Musk exigiu a inclusão de sua startup xAI no projeto, alegando que o presidente Trump não aprovaria o acordo sem sua participação. Apesar dos esforços, o governo dos EUA prosseguiu com o acordo, buscando apaziguar Musk devido à sua influência política e como doador republicano.

Confira post realizado por Elon Musk em seu X:

“Como meu período programado como Funcionário Especial do Governo chega ao fim, gostaria de agradecer ao presidente @realDonaldTrump pela oportunidade de reduzir gastos desnecessários. A missão do @DOGE só se fortalecerá com o tempo, à medida que se tornar um modo de vida em todo o governo”.

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