“Viver é melhor sem ter que ser o melhor”, diz psiquiatra Daniel Barros, na abertura do Mais Gente

Evento promovido pelo Sebrae Minas reuniu 700 pessoas, em Uberlândia, e abordou temáticas como gestão de pessoas, qualidade de vida no trabalho e inclusão

Colocar o ser humano como estratégia principal para o desenvolvimento dos negócios foi o ponto central abordado pelo psiquiatra Daniel Barros, responsável por abrir o ciclo de palestras no ‘Mais Gente’, evento realizado pelo Sebrae Minas nesta quinta-feira (8/8), em Uberlândia. Na plateia, cerca de 700 profissionais que atuam nas áreas de recursos humanos, gestão de pessoas e líderes de pequenos negócios se reuniram para debater sobre gestão humanizada, diversidade, equidade e inclusão.
“Como valorizamos exclusivamente a vitória, tem valor somente o lugar mais alto do pódio. Confundimos fazer o nosso melhor, ou seja, o bem-feito, com a competição desenfreada de ser melhor que os outros”, defendeu o psiquiatra. Barros reforçou que viver sem ter que ser o melhor torna as pessoas livres. “Superar a média tem um custo. Normalmente, é preciso fazer escolhas que envolvem muito sacrifício. Estar na média pode ser o caminho da felicidade”, explica.
Na abertura do evento, o gerente da Unidade de Gestão de Pessoas (UGP) do Sebrae Minas, Roberto Marinho, destacou que este setor é uma estratégia imprescindível para melhorar o desempenho organizacional e o bem-estar dos colaboradores. “As empresas sempre perguntam como podem se manter relevantes no mercado. Temos várias as respostas, mas essencialmente o que todas precisam é colocá-las no centro das organizações. Com o ‘Mais Gente’, o Sebrae Minas oferece um ambiente para trocar experiências, gerar conhecimento e conectar tendências com práticas de mercado”, analisa.
Outro destaque foi o jovem influcienciador digital Alex Júnior, jovem deficiente auditivo que aprendeu a falar por meio da leitura labial. Ele dividiu a sua história de luta e superação e emocionou a plateia. “Ouvir os outros é fácil, o difícil é ouvir a si mesmo.  Se eu for a melhor pessoa que eu puder ser, significa que os outros também serão melhores”, diz Alex, autor do livro “Olhos que escutam” (2022), que narra sua trajetória de preconceitos e isolamento social sofrida desde a infância.
Um dos participantes do evento foi o jornalista Rodrigo Scapolatempore, que trabalha com comunicação corporativa. “Quando falamos de carreira, emprego, e bussines, estamos falando de pessoas. E para melhorar as organizações precisamos começar fazendo isso pela educação, construção de conhecimento, e valorização dos indivíduos”, finaliza.
O encerramento do ‘Mais Gente’ ficou com o cantor e compositor Toni Garrido, vocalista da banda de reggae Cidade Negra. “Eu falo do mundo no ponto de vista das minhas observações. É a forma que encontrei para impactar o outro. Conto a minha história, e isso acaba cruzando com a vida dos outros”, explica o músico. Garrido dividiu sua trajetória e revelou dificuldades enfrentadas na infância. “É um pouco como aquela música: ‘Você não sabe o quanto eu caminhei, para chegar até aqui…’ Todos passam por dificuldades e conhecer a história do outro também nos fortalece”, explica.
Também passaram pelo palco os especialistas: Renata Betti, jornalista, publicitária e cofundadora da Talent Academy; Mariá Menezes, diretora na Sankhya Gestão de Negócios; Marcello Amaro, diretor da Portão 3; Mary com Y, especialista em bom humor, mentora e fundadora do Humorlab; Marly Vidal, diretora do Grupo Sabin; Raul Hara, diretor da Wellhub/Gympass; Gustavo Bodra, sócio e CTO da StartSe; e Murilo Wadt, co-fundador e diretor geral da HealthBit.

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