Ter vulnerabilidade maior para desenvolver um transtorno mental refere-se a condições, características ou fatores que aumentam a probabilidade de uma pessoa desenvolver um transtorno mental. Aumentam a suscetibilidade a enfrentar desafios na saúde mental.
Vários fatores influenciam a vulnerabilidade:
Fatores genéticos: alguns transtornos mentais possuem base genética, ou seja, têm uma predisposição hereditária para desenvolvê-los. Se alguém tem familiares como pais ou irmãos, com histórico de transtornos mentais, eles podem ter maior vulnerabilidade genética.
Fatores neurobiológicos: alterações no funcionamento do cérebro, como desequilíbrios químicos, podem contribuir para a vulnerabilidade a transtornos mentais. Exemplificando, a deficiência nos neurotransmissores, como serotonina ou dopamina, tem sido associada a transtornos.
Fatores ambientais: são ilustrados com as experiências de vida adversas ou traumáticas, como abusos, negligências, perdas, estresse significativo ou exposição a ambientes arriscados, aumentam a vulnerabilidade aos transtornos mentais.
Os fatores psicossociais, como baixa autoestima, dificuldades de relacionamento, isolamento social, falta de apoio social, problemas familiares ou estresse crônico, contribuem para a vulnerabilidade a transtornos mentais. Esses fatores impactam negativamente o bem-estar, a capacidade de enfrentamento das pessoas, aumentando o risco de desenvolver problemas de saúde mental.
O importante é destacar que a presença de vulnerabilidades não garante necessariamente o desenvolvimento de um transtorno mental. A influência dos fatores de vulnerabilidade é complexa e interage com outros elementos, como fatores de proteção, resiliência e acesso a suporte e tratamento adequados. Cada pessoa é única, e a manifestação de um transtorno mental é resultado de uma combinação complexa de fatores biológicos, psicológicos e ambientais.
Créditos: Alfredo Demétrio – Psiquiatra e psicoterapeuta
CRM 25646 MG – RQE 19146 – RQE 19385
