Método de Aceleração Cicatricial (MAC) utilizado por fisioterapeutas garante restabelecimento completo em tempo recorde e minimiza chances de complicações
Uma metodologia revolucionária está deixando sua marca na cena médica de Uberlândia. O Método de Aceleração Cicatricial (MAC), idealizado pelo fisioterapeuta Dr Marcus Vinicius de Mello Pinto e introduzido na cidade por duas fisioterapeutas locais, está conquistando pacientes e profissionais de saúde ao reduzir drasticamente o período de recuperação pós-cirúrgica. Com a perspectiva de encurtar em até 70% o tempo tradicional de convalescença, essa abordagem inovadora, além de acelerar o processo de cicatrização, também diminui significativamente as chances de complicações pós-operatórias, por sua característica minimamente invasiva . Uma nova era na reabilitação cirúrgica parece estar se desenhando na cidade, trazendo mais conforto para aqueles que enfrentam procedimentos cirúrgicos.
O MAC teve suas primeiras aplicações na fisioterapia dermato-funcional, em tratamentos cujas lesões afetam a integridade da pele e, depois, foi introduzido também na cena desportiva, com jogadores de futebol. “Essa técnica é uma alternativa eficaz para tratamento de cicatrizes que decorrem de cirurgias, de queimaduras ou de qualquer tipo de lesão”, afirma a doutora Carolina Moreira, uma das fisioterapeutas habilitadas para aplicar a técnica.
O tratamento é feito com a ajuda de um aparelho de imuno-fotobiomodulação. “Temos várias cores de luzes, cuja função e o nível de penetração na pele são diferentes. Por meio da avaliação sistêmica do paciente, entendemos qual a necessidade e aplicamos a técnica para promover a regeneração ordenada e rápida do tecido”, explica a doutora Emilse Cristina, também fisioterapeuta habilitada em MAC.
Os benefícios do MAC vão, segundo as profissionais, além da aceleração cicatricial. “Conseguimos reduzir dores e inflamações e prevenir formação de aderências, quando uma faixa de tecido fibroso se une a outro tecido e prejudica a mobilidade e funcionalidade da região afetada”, afirmam as fisioterapeutas.
Para o cirurgião plástico Daniel Thomaz, a fisioterapia no pós-operatório é fundamental, porque interfere diretamente na circulação sanguínea. O uso da técnica, que é minimamente invasiva e busca avaliar o paciente de forma sistêmica é, portanto, o grande diferencial para uma boa recuperação. “Nas cirurgias corporais, o tecido que está abaixo da derme, primeira camada da pele, geralmente é o mais manipulado e, por isso, apresenta uma circulação de sangue mais lenta. A fisioterapia atua, portanto, melhorando o fluxo sanguíneo e esse aumento da eficiência circulatória é essencial para a cicatrização”, explica.
A filha auxiliar de serviços gerais Nágila Alves de Moura, de oito anos, sofreu um acidente doméstico há cerca de nove meses. “Ela estava em casa com uma tia, quando foi mexer no fogão e havia óleo quente em uma frigideira. Ele caiu na perna dela e ela sofreu queimaduras muito graves na região da coxa”, conta. Preocupada com as consequências que uma queimadura pode acarretar, ela procurou a Única Fisioterapia Cicatricial. “Elas fizeram o primeiro atendimento, avaliaram a extensão da queimadura e começaram o tratamento com o aparelho. Em menos de um mês, a cicatriz já tinha desaparecido quase totalmente”, contou. Ela afirmou estar muito feliz com o resultado.”Minha grande preocupação era a lesão e as complicações que o incidente poderia acarretar à saúde dela, mas tudo isso foi minimizado pela atuação rápida das fisioterapeutas e do método inovador”, disse.
Profissionais de primeiro contato, doutora Carolina e doutora Emilse explicam que a primeira consulta pode ser feita diretamente por elas. “Quando há um processo cirúrgico, normalmente o médico encaminha o paciente para fisioterapia, mas quando isso não acontece, ou quando a lesão decorre de algum incidente doméstico, por exemplo, o paciente pode nos procurar diretamente para avaliação”, afirma doutora Carolina. “Conseguimos examinar a extensão da lesão e traçar o protocolo de tratamento adequado, inclusive com prognóstico para alta, que pode se modificar conforme o organismo do paciente vai respondendo ao tratamento”, explica doutora Emilse.