22 anos de Hospital do Câncer em Uberlândia

Foto: Divulgação
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Instituição é responsável por atender pacientes de cidades do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba

Referência no tratamento de câncer no interior de Minas Gerais, o Hospital do Câncer de Uberlândia, localizado no alto do bairro Umuarama em Uberlândia, foi entregue à população em meados dos anos 2000. Todo o trabalho para inauguração do novo espaço foi possível, graças ao auxílio do Grupo Luta Pela Vida, ONG criada em 1996, com o objetivo de promover ações e oferecer melhores condições de tratamentos aos pacientes que tratavam do câncer em Uberlândia.

Para conhecermos mais sobre a história de um dos maiores hospitais do país, conversamos com a atual presidente do Grupo Luta Pela Vida, Thaísa Gapski Pereira Galicioli. Confira!

Revista Soberana: Como começou a história do Hospital do Câncer em Uberlândia?

Thaísa Grapski: A história do Hospital do Câncer em Uberlândia começa em 1996, quando um grupo de amigos que tinham parentes em tratamento contra o câncer em Uberlândia perceberam a necessidade de uma estrutura que melhor atendesse os pacientes oncológicos. Esses amigos se reuniram, começaram a juntar esforços e formaram a ONG Grupo Luta Pela Vida, que captando doações de empresas e membros da sociedade, com o apoio da UFU, realizaram em 2000 a entrega do primeiro piso do Hospital do Câncer em Uberlândia. Naquela época, o projeto já era ousado e inovador, mas o Grupo não se deu por satisfeito e continuou se estruturando e captando para fornecer para nossa região o melhor tratamento contra o câncer em nossa região. Hoje, o Hospital conta com 5 andares de atendimento fornecimento de serviço ao paciente, oferecendo para a população um tratamento de qualidade, totalmente gratuito e humanizado, graças ao Grupo Luta Pela Vida que aplica as doações viabilizando a manutenção do Hospital e a ampliação nas frentes de atuação do combate ao câncer, como obras de melhoria, prevenção, pesquisas, entre outros.

R.S: Quem pode ter acesso ao tratamento no Hospital? E de que forma?

T.G: Toda a população de Uberlândia e das cidades da região pode ser atendida no Hospital. Atualmente, temos pacientes vindo de pelo menos 78 cidades. Para que essa população diagnosticada com câncer seja atendida no Hospital, ela precisa de um encaminhamento de um médico ao serviço do SUS. Depois dessa fase de documentação, o paciente vai ter sua consulta agendada para que o corpo médico do Hospital avalie qual a melhor forma de tratar esse paciente e enfim iniciar o tratamento.

R.S: Quantos pacientes são atendidos atualmente na instituição?

T.G: Atualmente, são atendidos mais de 8.200 pacientes por ano por uma equipe multidisciplinar que acompanha o paciente e seus familiares.

R.S: Qual o tipo mais comum de câncer atendido hoje pela Instituição?

T.G: De acordo com o INCA, o câncer mais frequente diagnosticado no Brasil é o de pele não melanoma. Ele correspondendo a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados atualmente. Mas é importante ressaltar que esse câncer, assim como outros, tem alto percentual de cura e tratamento eficaz principalmente quando é diagnosticado precocemente. Por isso a importância de prevenir e ficar atento aos sinais que nosso corpo dá.

 

R.S: Com a pandemia, as atividades no Hospital passaram por restrições. Quais foram? Quais os cuidados que vocês estão tomando por conta da Covid-19?

T.G: A pandemia pegou todos nós de surpresa e de cara, nós adotamos medidas que visam proteger tanto os pacientes quanto a equipe que continuou trabalhando para fornecer o atendimento a todos eles. Além dos equipamentos de proteção de uso obrigatório e das medidas de biossegurança recomendadas pela OMS, nós paralisamos as atividades dos voluntários que estavam dentro do Hospital, evitando aglomerações e suspendemos a realizações de eventos que colaboram com a captação em prol do Hospital. Foi um período bem complexo para todos nós e de cara, nós tivemos uma queda de cerca de 35% nas arrecadações que eram provenientes dos eventos. Nossos colaboradores foram se superando e inovando, criamos novas formas de captar e a sociedade que sempre nos apoiou entrou nessa corrente. Temos certeza de que, ainda respeitando todos os protocolos necessários já que a pandemia não acabou, estamos mais fortes do que antes e contando com mais pessoas na luta pela vida de cada paciente.

 

R.S: Quais as formas de ajudar o Hospital do Câncer hoje?

T.G: Recebemos doações de vários tipos. Hoje, o Grupo Luta Pela Vida conta com uma equipe de relacionamento com o doador pessoa física e pessoa jurídica. Eles podem fazer doações financeiras por boleto, cartão, PIX, débito automático, débito em conta da Algar Telecom, depósito e transferência, e também contamos com uma equipe de mensageiros que pode ir até a sua residência para receber doação. Você pode optar por doar através do site doehospitaldocancer.org , doações via imposto de renda, ações, eventos e também doando leite, porções individuais de achocolato, suco ou água de coco, itens de cesta básica, roupas, calçados, acessórios. Além disso, nós também recebemos doações de mechas de cabelo (a partir de 20cm), que são transformadas em perucas. Tudo isso é revertido em benefícios para os pacientes.

 

R.S: Vocês possuem o forte apoio de artistas, empresários e sociedade de modo geral que realizam várias campanhas em prol do hospital. Como vocês coordenam essas atividades?

T.G: Para nós é muito importante esse apoio pois é uma forma de certificar a seriedade do nosso trabalho. Nós somos muito gratos por quem já faz parte dessa corrente. E falamos sobre corrente, pois isso é uma das formas que as nossas campanhas acontecem. Muitas vezes, uma pessoa que conhece o projeto ou que passou pelo Hospital entende nossas necessidades e tem o desejo de organizar uma campanha, um evento, leilões, fazer a doação de itens, entre outras coisas. Hoje nós contamos com uma equipe que dá suporte a quem deseja realizar esse tipo de ação e que também vai atrás de pessoas que tem essa influência para que ele utilize isso para apoiar o hospital que é referência em tratamento aqui na nossa região. Por isso tudo, esse apoio é muito importante para nós.

 

R.S: Qualquer pessoa pode ajudar o Hospital do Câncer? Seja com doações ou como voluntário?

T.G: Infelizmente, ainda respeitando os cuidados da pandemia, nosso voluntariado está paralisado. Ainda não temos uma previsão de retorno para essas atividades, mas esperamos que seja em breve, pois esse apoio faz muita diferença em nossa missão.

 Qualquer pessoa e empresa pode destinar doações para o Hospital. Toda ação é direcionada em benefício do paciente e faz total diferença na vida de cada um. Basta ligar 0800 340 2062 ou acessar doehospitaldocancer.org que nossa equipe irá atender e receber a sua doação.

 

 

Jadir Júnior | Redação Revista Soberana

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