O Fevereiro Roxo, criado em 2014, faz parte da campanha que visa conscientizar a população sobre lúpus, fibromialgia e Alzheimer
A doença de Alzheimer já representa cerca de 50 a 70% dos casos de demência, que é um transtorno neurocognitivo maior ou ligeira na DSM-V, correspondendo a uma alteração progressiva de áreas do cérebro, que atinge em torno de 50 milhões de pessoas no mundo. Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (IAB), estima-se que 1,5 milhões de brasileiros vivem com demência e a probabilidade do diagnóstico médico cresce 11% ao ano.
O geriatra do Sistema Hapvida, Rodrigo Dias, explica que este tipo de demência, um dos mais comuns, geralmente começa em torno dos 65 – 70 anos, mas que pode se manifestar em pacientes mais jovens, de 40 e 50 anos. E em alguns casos mais raros, pessoas com 30 anos também podem começar a desenvolver o Alzheimer. Diante do aumento nos diagnósticos no Brasil e no mundo, o médico afirma que apesar de não ser uma doença curável, pode ser estabilizada. “É importante lembrar que ainda hoje a demência de Alzheimer não é considerada uma doença curável, mas ela pode se tornar uma doença crônica e estável desde que diagnosticada cedo e tratada também desde muito cedo”, ressalta.
O diagnóstico precoce citado pelo especialista se torna um fator fundamental na descoberta da doença, pois quanto maior a demora, mais elevado se torna o estágio, o que dificulta no tratamento e possível estabilização. O IAB nos apresenta quatro estágios do Alzheimer nas seguintes formas: inicial, moderada, grave e estágio terminal.
A descoberta prévia está no estágio um, pois é nesta fase que os primeiros sinais são mostrados. “A pessoa começa a repetir coisas que já havia falado, a ter dificuldade pra gravar informações recentes, começa a falar muito do passado, a esquecer o nome das pessoas, o nome das coisas, começa a ter dificuldade pra usar certos utensílios que antes usava com normalidade, assim como, começa a ficar desorientada, ter dificuldade para lembrar datas ou para se localizar”, explica o geriatra, que aconselha a procura imediata por profissional no surgimento dos primeiros sintomas.
Apesar de não haver forma preventiva, uma rotina saudável e com bons hábitos alimentares pode ajudar no retardo da doença. Estilo de vida que deve ser seguido durante o tratamento da pessoa com demência de Alzheimer.
O melhor tratamento que há hoje no mercado e com a melhor disponibilidade é baseado em medicamentos anticolinesterásicos – que são drogas que irão permitir o funcionamento normal dos neurônios, para retomar a memória, a orientação, saber nomear objetos, usar os utensílios e conseguir manter uma conversa com boa fluência verbal.
Também podem fazer parte do tratamento antidepressivos e antipsicóticos, caso o paciente apresente ou não ansiedade, insônia, manifestações psicóticas, alucinações, agressividade, delírios e agitação. Mas em conjunto com as medicações, deve-se associar terapias adjuvantes, como a terapia ocupacional, que será fundamental para a manutenção de atividades diárias e acompanhamento psicológico.